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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Histórico Biográfico de Frei Lauro

 

Histórico Biográfico de Frei Lauro

 

1.       IDENTIFICAÇÃO:

 

1.1.             DADOS PESSOAIS

 

Nome: Johannes Schwarte

Filiação: Paul Schwarte e Clara Shwarte

Data de nascimento: 04/12/1935

Estado Civil: religioso – sacerdote

Naturalidade: Drolshagen – Alemanha Ocidental

Endereço Residêncial: Rua São Francisco, 195 – Conçeição – Campina Grande-PB

 

 

1.2.            DADOS PROFISSIONAIS

 

Vigário Paroquial e superior do Convento de São Francisco na cidade de Campina Grande – Paraíba.

 

 

2.     FORMAÇÃO ESCOLAR

 

2.1.            ESCOLA DE  1° GRAU

Escola Volksschule em Drolshagen – Alemanha Ocidental no período de 1943 até 1952.

 

2.2.          FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Curso de mecânico realizado numa industria na Alemanha Ocidental, no período de 1953 até 1957 com estágio na SIEMENS.

 

2.3.    ESCOLA DE 2° GRAU

Realizado em Drolshagen – Alemanha Ocidental de 1957 até 1959.

 

2.3.          ESCOLA DE NÍVEL SUPERIOR

Curso de Filosofia realizado na cidade de Olinda em Pernambuco(Brasil) no período de 1960 até 1962

 

 

 

HISTÓRICO DA VIDA DE FREI LAURO

 

 

Quando nasceu em 1935 filho de uma família de pequeno industrial na cidade de Drolshagen, Frei Lauro teve até o ano de 1942 com sete anos, uma infância bastante feliz, em razão de que a Alemanha vivia em franco desenvolvimento econômico e social, sendo uma das maiores potências do mundo.

 

Com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial em 1942, a Alemanha transformou-se numa grande tragédia para o seu povo, marcada com acontecimentos macabros que culminaram com a destruição da Alemanha.

 

Apesar de contar naquela época com apenas sete anos de idade, Frei Lauro guardava com ele em sua memória todos os fatos degradantes da Segunda Guerra Mundial, vendo parêntes, vizinhos e amigos que se foram para lutar na guerra e não mais voltaram e notícias diárias de mortes e desaparecimentos na peque cidade de Drolshagen, cuja tragédia final o mundo conhece.

 

Mesmo tendo iniciado seus estudos em 1943, com oito anos de idade, foi obrigado a interromper a frequência das aulas do 1° Grau,  sendo forçado muitas vezes a deixar a sala de aula e correr para os abrigos  a fim de se proteger dos bombardeios. Também nessa época, o Governo Alemão confiscou para fins militares todas as instalações escolares.

 

Em 1945, com a devassa da Alemanha levada pela fome e miséria, Frei Lauro como todos os moradores da pequena cidade de Drolshagen, foi obrigado a interromper seus estudos e passar a trabalhar no campo a fim de recolher alimentos para saciar a fome e garantir a sobrevivência.

 

Em 1948 já com 13 anos de idade reiniciou seus estudos para completar o 1° Grau, tendo participado em sua comunidade de jovens de grupos de escoteiros, amigos da natureza e sobretudo das atividades da igreja onde já demonstrava sua vocação sacerdotal.

 

De 1952 a 1956, além de trabalhar como industriário, passou a frequentar o curso profissional de mecânico geral, unindo a prática à teoria, obtendo o seu diploma de Técnico.

 

Entre 1956 a 1957, já na condição de técnico, trabalhou na conhecida industria AEG – SIEMENS, fabricando motores elétricos para locomotivas.

 

À partir de 1957 até 1959, continuou seus estudos em curso noturno e concluiu o 2° Grau, apesar de continuar trabalhando.

No final de 1969, Frei Lauro que já tinha vocação sacerdotal, realizou seu grande sonho de ser convocado para outro caminho, tendo ingressado no Convento dos Franciscanos na Alemanha, passando um ano como noviço, quando então foi admitido e recebeu o nome de Frei Lauro.

 

Quando frequentava o convento Franciscano na Alemanha, teve conhecimento das atividades franciscanas na África, Índia, Bolívia e no Brasil.

 

Talvez por admirar o  Brasil, terra de riquezas naturais e imensidade além de uma grande escassez de vocações sacerdotais para servir ao reino de Deus, resolveu Frei Lauro escolher o nosso país para admitir como sua nova pátria e servir aos menos favorecidos. Foi assim que em 1960, por via marítima chegou ao Brasil, desembarcando em Recife – Pernambuco para iniciar seus estudos de grau Superior em Olinda.

 

Entre 1960 e 1962, realizou no Instituto Franciscano de Olinda, seus estudos de Filosofia, base fundamental para o curso de Teologia.

 

No final de 1962, transferiu-se para Salvador Bahia, onde realizou o sonhado curso de Teologia, para o exercício do sacerdócio.

 

Em 24 de julho de 1965, foi ordenado sacerdote Franciscano.

 

Nos três anos em que esteve em Salvador, Frei Lauro realizou diversos trabalhos comunitários, entre eles o movimento de escoteiros, catequese do Orfanato de São Joaquim, trabalho com os meninos de rua de Salvador, onde muitas vezes foi obrigado a intervir para evitar agressões contra os desprotegidos da sociedade.

 

Em 1967 já na condição de sacerdote, foi transferido para a cidade de Fortaleza, onde trabalhou na Paróquia Franciscana no Bairro Otávio Bonfim até 1976, continuando suas atividades sacerdotais.

 

No final de 1976 foi transferido para a cidade de Aracaju, trabalhando como sacerdote até fevereiro de 1985.  Neste período Frei Lauro descobriu o Radioamadorismo e ficou fascinado com o lema “Se não vives para servir, não serves para viver”. Desta forma complementando sua filosofia de vida voltada para os mais carentes e ainda mais, podendo desta vez aumnetar seu ciclo de amizades através das ondas do rádio. Logo após ao se tornar um radioamador autêntico com o prefixo PP6 ABR, criou uma escolinha no Convento Franciscano com outros radioamadores mais experientes para preparar os novos colegas que passariam a ingressar nesta modalidade. Ainda em Aracaju, Frei Lauro participou ativamente da Diretoria da LABRE – SE.

 

 

Em 1983 ainda em Aracajú, Frei Lauro resolveu adotar o Brasil como a sua Segunda Pátria, tendo requerido e recebido a naturalização.

 

 

No ano de 1985 por determinação superior Frei Lauro foi enviado para Campina Grande, para dar continuidade aos seus trabalhos como pároquo no Convento de São Francisco, assistindo   às comunidades do Continental, Araxá e Jeremias.

 

No período de 1985 até 1989, Frei Lauro passou a acompanhar os trabalhos de vários colegas em Campina Grande Grande que faziam o nome do Radioamadorismo naquela época: o saudoso Pedro Feitosa PR7 LAJ(1982/1983) que vinha dando continuidade aos precursores do radioamadorismo  Campinense, Mário Sérgio(1988/1989)

 

No período em que convivia com os colegas radioamadores , o saudoso Frade  teve a idéia de transformar o Clube de Radioamadores numa Escola que pudesse além de formar e promover o radioamadorismo na Região, colaborasse com os mais carentes da sociedade oferecendo cursos básico de Eletrônica e Telecomunicações para que os mesmos pudessem  ter uma base suficiente para desenvolver habilidades técnicas e finalmente com a prática prover alguma atividade rentável e de auto-sustento.

 

Alimentado pela idéia de realizar seu sonho maior e com apoio de vários colegas radioamadores da cidade  apresentou a Chapa renovação para concorrer a Diretoria para o biênio 1990/1991.

 

 

Já em 1992 no seu segundo mandato,  inaugurava a nova sede já com o nome de ESCOLA E CASA DE RADIOAMADORES, com uma infra-estrutura arroja e moderna, com espaços adequados para o laborátorio de Eletrônica e Telecomunicações e sala de aula.

 

O sonho estava apenas começando a se realizar. Já com os resultados da inauguração da nova sede, inacreditavel para alguns, o mesmo recebeu todo respaudo necessário para continuar a realizar o seu sonho que ainda tinha mais duas etapas: Mobíliar e equipar todas as depêndencias da nova casa

 

Em 1993 viajou para a Alemanha para passar três meses de férias com a sua família. Em outubro do mesmo ano Frei Lauro despachou para o Brasil três caixotes com todos os equipamentos necessários para equipar o Laboratório de Eletrônica, como também instrumentais básicos para a manutenção e alinhamento de transceptores e acessórios. Os equipamentos foram avaliados em US$ 35.000,00. Infelizmente a burocracia manteve no porto de Recife  toda a mercadoria encaixotada até junho de 1994.

Em agosto de 1994  a Escola e Casa de Radioamadores realizava o primeiro curso Básico de Eletricidade/Eletrônica  para os colegas radioamadores. Na primeira reunião de avaliação o nosso idealizador Frei Lauro suspira satisfeito em ver os primeiros frutos de seu sonho.

 

Ainda em 1994 Frei Lauro foi agraciado com o título de cidadão Baiano, indo até a capital Salvador para recebero o título tão merecido, em  reconhecimento ao trabalho realizado em favor dos meninos de rua e do movimento  escoteiro.

 

No período de 1995 até 1997 a ECRA desta vez se preocupava com os convênios para a manutenção dos cursos priorizando os jovens da comunidade mais carente. Desta forma foi firmado convênio de Cooperação com o Parque Técnológico, SINE e a Prefeitura Municipal de Campina Grande.

 

Em 1996 o nosso amigo Frade recebia desta vez o título de cidadão Campinense e ainda o título de sócio honorário do Rotary Club Oeste de Campina Grande em reconhecimento ao trabalho dedicado aos pobres das comunidades do Continental, Araxá e Jeremias.

 

Em 1997 formamos a primeira turma de 30 alunos

 

Em 1998 formamos mais 15 alunos no primeiro semestre. Devido as dificuldades de manutenção dos convênios não foi possível a realização de mais uma turma no segundo semestre.

 

No final do ano passado e início deste, recebemos visitas de fundações não governamentais da Alemanha amigos de Frei Lauro que vieram conhecer o trabalho por aqui realizado. Desta forma garantimos verbas suficiente para a manutenção das turmas para o exercício 1999.

 

 

Neste ano, no período de junho a agosto, Frei lauro viajava para mais um período de Férias junto a sua Família e rever a sua mãe que já estava com 90 anos !

 

 

Ao Chegar a Alemanha o mesmo realizou vários exames de rotina. Entre os quais se gerou a suspeita de tumores no Pâncreas. Realizaram-se outros exames mais precisos e foi confirmado um CA no centro do Pâncreas diminuindo as possibilidades de cirurgia. O mesmo passou por várias sessões de radio e quimio terapia. Não obtendo o resultado esperado.

 

Frei Lauro veio a falecer na sua terra Natal no dia 03 de novembro às 22:00hs GMT.

 

No dia da sua morte recebemos em Campina Grande uma quantia em dinheiro dentro de um envelope com sua prória letra, suficiente para manter mais duas turmas no período de 01 ano!

 

 

 

 

ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO

 

ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO

RADIOAMADORES ENTRE OS DESAPARECIDOS NOS ATAQUES AO WORLD TRADE CENTER E AO PENTÁGONO

Autor do artigo : Mário Keiteris PY2 M X K (*)

 


·  Publicado no Jornal

·  Radioamadorismo & Faixa do Cidadão ano VIII, nº 66, pg. 6.


A remoção dos escombros das torres gêmeas na cidade de New York ainda continua.

Mais de 3 meses depois da grande tragédia que se abateu sobre o povo novayorkino, pelo ataque terrorista às torre gêmeas, foi elaborada uma lista dos desaparecidos deste ataque :

Ficou comprovado de que mais de 5.000 pessoas estão desaparecidas, de mais de 100 países diferentes, porém a grande maioria é americana, consta ainda centenas de feridos.

Também esta confirmado de que sete radioamadores estão entre os muitos desaparecidos nos ataques dos terroristas do dia 11 de setembro ao World Trade Center de New York e ao Pentágono em Washington.

Os ataques terroristas destruíram também a torre da televisão e um transmissor de rádio sobre uma das torres gêmeas.

As autoridades de New York informaram que entre os desaparecidos listados, incluem-se diversos radioamadores, são eles :

***** Steven A. Jacobson "Steve" N2 S J, - 53, da cidade de New York , um dos coordenadores dos transmissores para a televisão da WPIX.

***** William V. Steckman "Conta" WA2 A C W, de W. Hempstead, New York, um dos coordenadores dos transmissores para a televisão da WNBC. Steckman era técnico na área de NYC e operava um número grande de repetidores no World Trade Center e entre eles estava o 434 que era um repetidor em megahertz para ATV.

***** Robert D. Cirri "Bob" KA2 O T D, - 39, um membro da ARRL de Nutley, New-jersey era o coordenador de emergência do distrito da ARRL para o condado de Hudson. Cirri era um oficial da polícia, estava desempenhando um trabalho de ajuda as autoridades, que tentavam evacuar trabalhadores e visitantes do edifício quando tudo desmoronou.

***** Michael G. Jacobs, AA1 G O, - 54, de Danbury, Connecticut. Jacobs trabalhava como funcionário de confiança de uma companhia internacional, que tiveram os escritórios destruídos no World Trade Center (Centro de Comercio do Mundo).

***** Gerard J. Coppola " Haste " KA2 K E T, - 46, era um dos coordenadores da WNET, canaleta 13, vivia em New York City.

***** Winston. A. Grant, KA2DRF, - 59, era um técnico em computador, vivia em Hempstead ocidental, New York.

+ William Ruth, W3 H R D, morreu no ataque ao Pentágono.

William era um professor de Maryland que serviu nos Fuzileiros Navais dos E. U., durante a guerra do Vietnã e na reserva do Exército quando da guerra no Golfo Pérsico.

Um fundo financeiro especial foi criado para ajudar as famílias dos radioamadores desaparecidos no Word Trade Center, pelo ataque terrorista.

Fica aqui externado os sentimentos da redação do RA&FC às famílias dos radioamadores americanos desaparecidos.

(*) O autor Mário Keiteris é radioamador veterano e escritor de livros de temas radioamadoristicos, já com 10 livros escritos e editados em São Paulo.

e-mail : py2mxk@RadioLink.net.

Site Internet : http://www.RadioLink.net/py2mxk


Sobre o autor do artigo : Além de escrever artigos para a Revista e Jornal Radioamadorismo & Faixa do Cidadão, QTC de Porto Alegre, LY QTC da Lithuania, o autor é ex Diretor de Cursos da antiga LABRE/SP., é ex Diretor de Cursos da Liga Paulista de Radioamadores L. P. R., é autor dos livros Radioamadorismo : Hobby? ou Ciência!, Manual de Antenas para o Radioamador, Manual do PX e de outras obras relativas ao radioamadorismo, bem como das Apostilas de Preparo aos Exames no Ministério das Comunicações, doados na época para a LABRE/SP. comercializa-las.

É co-Autor da Apostila para exame de Técnica e Ética Operacional escrita no ano de 1.996 na Delegacia Regional do Ministério das Comunicações de São Paulo e em uso atualmente, também é SUPPORT MEMBER da L. R. M. D. Associação dos Radioamadores da Lithuania.

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ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO

 

ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO

NOVA LEI GERAL DE TELECOMUNICAÇÕES E O RADIOAMADORISMO

Autor: LEONAS KEITERIS - PY2MOK - ( Léo)

py2mok@mailcity.com

Publicado no Jornal Radioamadorismo e Faixa do Cidadão


Analisaremos a posição jurídica dentro da minha área de especialidade que é o Direito de Telecomunicações, da nova legislação já em vigor , Lei Federal nº 9.472 de 16 julho 1997, que dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações e funcionamento de novo órgão regulador. O Código Brasileiro de telecomunicações, que era até então, a Lei Federal nº 4.117/62, foi em parte derrogado, expressamente por esta nova legislação. Cabe ressaltar que durante 35 anos, este código de telecomunicações norteou todo o sistema de telecomunicações brasileiro, seja Radiodifusão, Serviços Limitados, inclusive o Serviço de Radioamador e o de Faixa do Cidadão. Porém como as telecomunicações são um ramo da eletrônica, que experimenta rápido progresso e evoluções tecnológicas, atualmente para fazer frente aos novos, recentes e modernos sistemas, era necessária uma grande atualização da legislação de telecomunicações, para que possa existir uma eficaz legislação sobre os novos ramos de telefonia, comunicações via satélite e outros serviços inusitados vinculados a telecomunicações, que surgiram atualmente e sinto que o objetivo que o legislador pretendeu atingir, foi exatamente este. Constatei que a parte referente a satélites é muito expressiva nesta nova legislação. A grande novidade fica por conta da criação da ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações- órgão da Administração Pública Federal, com função de órgão regulador das telecomunicações, incluindo nós radioamadores. Órgão regulador, inclusive quer dizer expedir normas quanto a outorga, prestação e fruição dos serviços de telecomunicações (e de radioamador). Aguardem pois vos digo, chegarão novas normas ao Serviço de Radioamador ! O artigo 60 da referida Lei Federal, coloca novos conceitos ou definições do que seja telecomunicações e as verdadeiras fronteiras do que seja uma estação de telecomunicações, sendo que vejo, como advogado e técnico em eletrónica, tais novos conceitos como muito mais adequados as novas tecnologias contemporâneas e até às vindouras, senão vejamos os novos conceitos: Artigo 60; paragrafo 1º: telecomunicações é a “ transmissão, emissão ou recepção, por fio, radioeletrecidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais escritos, sons ou informações de qualquer natureza.” É pertinente relembrar-vos o sentido da palavra telecomunicações, fazendo uma análise etimológica da palavra: o prefixo “tele” , significa distância, e o sufixo “comunicação” expressar-se, comunicar; assim temos o sentido de telecomunicações como comunicação a distância; televisão como visão a distância; telefonia como voz ou fonemas a distância ; teletransporte como transporte a distância ; telegrafia como grafia (escrita) a distância e por ai afora ! Outra útil e importante definição é a que demonstra bem quais são as exatas fronteiras de uma estação de telecomunicações , vejamos, Artigo 60; paragrafo 2º : “ Estação de Telecomunicações é o conjunto de equipamentos ou aparelhos dispositivos e demais meios necessários a realização de telecomunicações, seus acessórios periféricos, e, quando for o caso, as instalações que os abrigam e complementam, inclusive terminais portáteis.” Diante desta definição de estação , nos voltando agora para o lado da Estação de Radioamador, que é o nosso escopo, é importantíssima para demarcarmos muito bem a velha, mas sempre atual questão do “direito a antena” , então seguindo a nova legislação e aplicando-a ao radioamadorismo, a nossa estação de radioamador, disso nós já o sabíamos, tecnicamente, mas veio agora acertadamente o legislador expressar formalmente; então nossa estação é composta pelos vários radiotransceptores, e seus periféricos de computação e informática, as várias antenas, cabos coaxiais, inclusive a torre, mesmo que instaladas mais remotamente em cima de prédios. É o significado “latu sensu” de estação. Podemos aguardar para breve, vos digo, uma nova tabela de definição dos vários serviços de telecomunicações, em razão do que determina o artigo 69, como sendo função da ANATEL fixar tais novos conceitos, que até então, estão ainda definidos no artigo 6º da antiga Lei Federal nº4.117/62 que define: Serviço Público, Serviço Limitado,, Radiodifusão , Radioamador etc, etc.. De forma simplificada, vejo que o legislador dividiu as formas de telecomunicações em 4 grandes grupos principais, não excluindo outras, que são: a telefonia, a telegrafia a comunicação de dados e a transmissão de imagens. E de fato estes são os 4 grande grupos “latu sensu”, em que podemos sim dividir todas as formas de telecomunicações existentes em nosso planeta, considerado o atual estágio tecnológico da humanidade. Quando o legislador no art 69 fala em “características particulares de transdução” para definir as formas de telecomunicações, ele se refere para caso a caso diferenciar a comunicação pela forma de transndução, que quer dizer maneira como uma forma de energia e transformada em outra, por exemplo : Se a forma de telecomunicações é do tipo que transforma ( transdução) sinais elétricos em sonoros, sinais elétricos em imagens, sinais luminosos em elétrico/sonoros etc., é a transdução de uma energia em outra forma, segundo os princípios inerentes a física. Outra novidade muito interessante, até então inexistente, é que o legislador coloca expressamente o espectro de radiofrequência, considerado-o como recurso limitado, o que vos digo , é bem óbvio, e mais constituindo-se em bem público., a ser administrado pela ANATEL. Haverá ainda uma nova classe de emissões que não dependerão da outorga de permissão pela ANATEL, e serão equipamentos de radiação restrita, a serem ainda definidos pela ANATEL. E para finalizar cabe informar que a referida legislação já esta vigorando, sendo o meu objetivo é fornecer um panorama geral da posição jurídica sobremaneira do Colega Radioamador, perante a nova “ lex ”.

Escreveu: Leo Keieris - py2mok (autor)

Nova Lei Geral de Telecomunicações e o Radioamadorismo: Título

SOBRE O AUTOR: é técnico em eletrônica especializado em transmissão e R.F.; advogado especializado em direito de telecomunicações; 8 anos como Diretor Jurídico da Labre/LPR/SP; assessor Jurídico do Jornal e Revista Radioamadorismo & Faixa do Cidadão. e.mail = py2mok@mailcity.com

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Livro de Recados p/ o autor - clic


 

ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO

 

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VERSÃO OFICIAL MUNDIAL SOBRE O CW

Autor : LEONAS KEITERIS - PY2MOK (Léo)

e.mail = py2mok@mailcity.com

  • Publicado: no Jornal Radioamadorismo & Faixa do Cidadão nº 33

COLUNA JURÍDICA RA & FC - Por: Léo - py2mok

-VERSÃO OFICIAL MUNDIAL SOBRE O CW-

Tenho observado um conjunto de informações circulantes de conteúdo inexato e incorreto, sobre o assunto : “ imediata extinção do Código Morse dos exames de radioamador “, motivo pelo qual pretendo através deste artigo trazer e colocar a verdadeira posição sobre o assunto, através de informação com bases oficiais, de âmbito mundial que obtive, sobre o assunto, para dirimir as dúvidas. Eis que em novembro de 1997, ocorreu a Conferência Mundial de Rádio (CRM-97) da UIT (União Internacional de Telecomunicações), que é o órgão de âmbito mundial responsável por padronizar todas as telecomunicações em nosso planeta, sendo que em 1996 integrei a Comissão Brasileira Preparatória para a CRM-97, dentro da cúpula do Ministério das Comunicações em Brasília, inscrevendo-me na “Comissão de Atribuição de Radiofrequência”. Assim, consoante ao conteúdo de documento de pronunciamento oficial da UIT/IARU, a referida Conferência Mundial de Rádio,CRM/97, pouco afetou o serviço de radioamador, sendo que decisões sobre possíveis mudanças nos requisitos dos exames de CÓDIGO MORSE , provavelmente ficam postergados até o ano de 2002, pelo que me parece então contaremos ainda durante vários anos na verdade ainda virando o “milenium” com a exigência do CW nos exames de radioamador. Ao que referem-se por ai, pelo que se escuta quanto a extinção imediata do CW, e ai penso que ocorreu a confusão, que gera uma certa desinformação , é que os serviços em código Morse das marinhas de vários países vem sendo encerrados, porém sem relação alguma com o serviço de radioamador . Portanto no âmbito radioamadorístico, consoante a esse órgão da UIT, radioamadores + cw = até ano 2002 (fonte fidedigna !). E mais, as questões sobre um possível realinhamento da faixa de 40 metros, para procurar resolver um conflito entre o serviço de radioamador e o serviço de radiodifusão sobre esta faixa, considerado um assunto importante no âmbito radioamadorístico, não logrou-se êxito em inclui-lo na agenda para a CRM-2000, pois os Delegados preferiram aterem-se em assuntos considerado por eles mais urgentes do que este (para eles não, porém para nós sim, hi ! ), sendo esta questão do realinhamento da banda dos 40 metros, postergado possivelmente para 2002, juntamente com a questão da exigência do código Morse.

(Escreveu: Leonas Keiteris -PY2 MOK -Léo,

advogado especializado em telecomunicações e

técnico em eletrônica e RF em São Paulo.

e.mail=py2mok@mailcity.com )

HOME PAGE RA & FC = http://ra-fc.web-page.net

Escreveu: Léo Keiteris - py2mok

Título: Versão oficial Mundial Sobre o CW

e.mail = py2mok@mailcity.com

SOBRE O AUTOR: é técnico em eletrônica especializado em R.F. e transmissão; advogado especializado em Direito de Telecomunicações; 8 anos como Diretor Jurídico da Labre/LPR/SP; Assessor Jurídico do Jornal Radioamadorismo & Faixa do Cidadão. ( e.mail = py2mok@mailcity.com)

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MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE RADIOAMADOR -clic

 

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"JUIZ GARANTE DIREITO A ANTENA"

Autor : DJALMA MILAN - PY2NZP (editor RA&FC)

  • Publicado: no Jornal Radioamadorismo e Faixa do Cidadão nº 34

MATÉRIA DO JORNAL RA/ FC - Raioamadorismo & Faixa do Cidadão DIRETOR: DJALMA MILAN- py2nzp ! JUIZ GARANTE DIREITO A ANTENA !

Recebemos aqui na redação do Jornal RA & FC informação diretamente do colega Marco Antonio da Silva - PY2 UTI, de que ele, através do seu advogado e radioamador, o já conhecido Dr. Léo - PY2 MOK, em Marco de 1998, obteve êxito e garantia para uso e permanência de seu sistema irradiante no teto, através de intervenção judicial, em ação que moveu contra contra o condomínio em edifício onde reside o qual pretendia impedir ao nosso colega Marco António, de utilizar a área comum do topo do edifício, para manter seu sistema de antenas. Sendo que, sobre a intermediação da ilustre, culta e conhecedora do assunto, Sra. Dra. Juíza Lúcia Romanhole Martucci, homologou por sentença onde mantem o Autor radioamador, na posse da área destinada a instalação das suas antenas, sem prejuízo de utilização aos demais condôminos. E mais, ainda restou estabelecida multa de 2 salArios mínimos, por dia, caso o condomínio volte a realizar qualquer impedimento ou óbice ao radioamador de acessar e utilizar o seu sistema de antenas. É mais um ganho de causa que aproveita a toda a nossa classe !

JORNAL E REVISTA RA & FC - INTERNET RA&FC WEB PAGE : http://rafc.home.ml.org

DIJALMA MILAN - PY2NZP : Autor

JUÍZ GARANTE DIREITO A ANTENA: Título

SOBRE O AUTOR: ex-diretor da Labre/SP; Diretor do Jornal e Revista Radioamadorismo e Faixa do Cidadão.

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ACESSÓRIOS PARA ESTAÇÃO DE RADIOAMADOR

 ACESSÓRIOS PARA ESTAÇÃO DE RADIOAMADOR

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BALUN DE FERRITE PARA ANTENA DIPOLO 

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113 BL 2000 1 3 a 30 MHz 2.0KW-SSB 130x60x60mm 0.5Kg 75,20

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FILTRO PASSA-BANDA DE HARMONICOS 

REF: MODÊLO Elem FREQUÊNCIA POTÊNCIA MEDIDAS PESO Preço-R$

124 FPB 30 1 3 a 30 MHz 2KW-PEP 130x50x50mm 0.5Kg 112,10

124 FM FPB 150 1 80 a 130 MHz 0.3KW 130x50x50mm 0.5Kg 112,10

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ISOLADORES PARA ANTENAS DIPOLO DE FIO 

REF: MODÊLO Elem PESO Preço-R$

83500 ISOLADOR CENTRAL 1 0.1Kg 17,50

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MANIPULADOR PARA TELEGRAFIA - CW 

REF: MODÊLO Elem PESO Preço-R$

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ACOPLADOR AUTOMATICO PARA ANTENAS - 3 A 30 MHz 

REF: MODÊLO POTÊNCIA PESO Preço-R$

2301P ACOPLADOR AUTOMATICO PORTATIL 100WATTS-PEP 0.5Kg 314,00

2301 ACOPLADOR AUTOMATICO UNIDADE SELADA 200WATTS-PEP 2.5Kg 555,20

2302 ANTENA VERTICAL C/ ACOPLADOR AUTOMATICO 7m 200WATTS-PEP 4.5Kg 783,00

2303 DIPOLO RIGIDO C/ACOPLADOR AUTOMATICO 2x7m 200WATTS-PEP 5.5Kg 865,60

2304 DIPOLO DE FIO C/ACOPLADOR AUTOMATICO 2x25M 200WATTS-PEP 5.5Kg 865,60

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CARGA NÃO IRRADIANTE - ANTENA FANTASMA 

REF: MODÊLO Elem PESO Preço-R$

509 CNI-100WATTS 1 2Kg 95,00

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A TELEGRAFIA

 

ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO

A TELEGRAFIA

Autor do artigo: Mário Keiteris - PY2MXK

e.mail =py2mxk@arrl.org

home page = http://www.RadioLink.net/py2mxk


ESTE ARTIGO FOI PUBLICADO NO

- QTC BANDEIRANTE JORNAL DO RADIOAMADOR -

ANO III - nº 3 / 4 - pg. 2


A TELEGRAFIA

A telegrafia é a arte de transmitir mensagens codificadas a distância, através de um aparelho especifico chamado telégrafo, que pode ser por sinais através de fios ou sem fios (radiotelegrafia). Telegrafia; Código Morse; C W; Continuos-Waves ou Carrier-wave (em inglês); codificação; transmissão cifrada; traduzimos tudo isso como linguagem sonora.

Os sons diferenciados produzidos ao manipularmos o telégrafo são capazes de oferecer um perfeito entendimento ao ouvido humano, o sistema é representado por sinais de convenção internacional. Há sinais maiores e sinais menores além de espaços em cada letra e o ritmo é que dará a diferença entre as letras os números ou as acentuações.

Como os sinais formam o som, cada caracter, letra, número, acentuação ou pontuação tem o seu som característico, tornando-se inconfundível o som de uma letra, com o de outra letra qualquer ou com algum número, pois o som difere, como a telegrafia é uma linguagem produzida por som e ritmo torna-se uma linguagem cifrada; assim a grosso modo temos aqui resumidamente a telegrafia.

A telegrafia com fio, podemos definir como a transmissão de mensagens em sinais de Código Morse, com o auxilio da corrente que circula através do circuito elétrico ligados pelo fio entre o equipamento transmissor com o receptor (este sistema foi muito utilizado pelas companhias de estradas de ferro no mundo inteiro.

A telegrafia sem fio (também chamada de T.S.F.), é a mesmatransmissão em Código Morse, sendo que os sinais aqui são transportados pelas ondas eletromagnética do rádio através do espaço.

A primeira transmissão de telegrafia sem fio no mundo, sem duvida nenhuma e com toda certeza deve-se ao Dentista e Pesquisador norte americano MAHLON LOOUMIS.

Este pioneiro norte americano conseguiu irradiar e receptar pulsações causadas pela produção de um distúrbio elétrico na atmosfera, conforme consta anotado nos Arquivos de Patentes Americanas, esse fato e a Patente do aparelho aconteceu no ano de 1.872, nesta época Looumis foi chamado de pioneiro da telegrafia aérea.

Já o aparelho telegráfico foi inventado no ano de 1.835, por um pintor norte americano, SAMUEL FINLEY BREESE MORSE, que além de inventar o telégrafo, norteou e elaborou o respectivo código, que também leva o seu nome.

O Código Morse, até hoje é conhecido, utilizado e difundido em todo o mundo (são sinais constituídos por pontos e traços isso em uma demonstração gráfica mais simples), é o único utilizado no radioamadorismo com equipamentos simples, esse código consiste de várias combinações de som e ritmo, formando letras, números, sinais de pontuação e outros símbolos gráfico.

O som geralmente toma a forma de uma elevada tonalidade de audio, nas freqüências de 420 até 1.740 Hertz por segundo, dependendo da preferencia individual de cada operador na sua recepção, desta maneira é produzido sons diferenciados, cada letra, número ou pontuação tem o seu som característico (musiquinha), tornando-se inconfundível, pois o som difere, isto acontece porque a variação no ritmo e nos sinais de mais longos e curtos do som de cada caractere, usados nas comunicações telegráficas para transmissão de mensagens.

Já a telégrafia sem fio, (T S F), via rádio, através das ondas eletromagnéticas foi oficialmente patenteado (uma patente do ano de 1.896 na Inglaterra, mudou o rumo da historia), pelo engenheiro italiano Gugliemo Marconi, quando no ano de 1.895, iniciava a transmissão e recepção de sinais do telégrafo de Samuel Morse, sem fio (T.S.F.), via ondas eletromagnéticas através do rádio, dois anos depois das transmissões feitas em São Paulo pelo nosso patrício Padre Roberto Landell de Moura.

Quero aqui relembrar a importância da telegrafia na trágica colisão do enorme e moderno transatlântico TITATIC contra um iceberg as 23:41 hs., do dia 14 de abril de 1.912, em sua viagem inaugural entre as cidades de Southampton, Inglaterra e New York, nos Estados Unidos.

As 00:15 hs., do dia 15 a estação de rádio começava a transmitir ao mundo dentro dos limites do rádio daquela época através do telegrafista chefe Philips, as letras C Q D, C Q D, na época era o sinal tradicional para pedir socorro, seguidas de M G Y, que era o prefixo do navio TITANIC, C Q D, significa : "Came Quik Disaster", (traduzindo: Venham Depressa Desastre), A partir deste momento os dois telegrafistas do Titanic passaram a transmitir esta mensagem de socorro sem descanso, o primeiro navio a recepta-lo foi o "CARPHATIA", 58 milhas ao sul de sua posição, rumando imediatamente para o local do desastre, diversos outros navios captaram o pedido de socorro inclusive o "OLIMPIC", irmão- gêmeo do Titanic que se encontrava a 500 milhas de distância do local do desastre.

Consta nos noticiários da época de que até mesmo um radioamador de New York, captou sinais de socorro do Titanic e os retransmitiu.

A 01:30 hs., o telegrafista chefe Philips do Titanic transmitiu aos ares o primeiro S O S da historia que permanece até os dias de hoje como sinal de socorro, S O S quer dizer "Save Our Souls" em inglês, que traduzindo quer dizer : (Salve Nossas Almas).

Letras do Código Morse muito mais fáceis de se transmitir e receptar do que o antigo Q S D, em casos de emergência.

Os telegrafistas do Titanic foram dispensados das suas funções às 02:17 hs., e as 02:20 hs., o enorme transatlântico desapareceu para sempre da superficie do mar carregando em seu bojo 1.500 vidas humanas.

O rádio e o radioamador surgiram quase que simultaneamente em virtude do grande interesse em pesquisar todos os fenômenos eletromagnéticos.

O vertiginoso desenvolvimento tecnológico torna inadequada a primitiva montagem artezanal de equipamentos, contudo permanece aberto o extenso campo de investigações em torno de antenas e da propagação dos sinais rádio-elétricos transportados pelas ondas eletromagnéticas. Basicamente o radioamadorismo compreende a emissão ou a recepção de símbolos, caracteres, sinais escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza, entre elas a telegráfica.

O radioamador tem a finalidade de treinamento próprio, comunicação , pesquisa técnica e o aprimoramento da telegrafia, (CW; Continuos Wave em inglês). Aqui não cabe discutirmos se a telegrafia hoje é ou não ultrapassada, apenas vamos frisar e sustentar de que o radioamadorismo, aquele levado a efeito por verdadeiros radioamadores à título pessoal e que não visem qualquer outro objetivo, a não ser o de treinamento próprio, tem a obrigação e o dever moral de manter acesa e viva a chama da telegrafia, pois esta é a única maneira de conseguirmos legar ao futuro não muito distante os 162 anos herdados da telegrafia de Samuel Morse.

Desde os primórdios da civilização, ávidos da necessidade de comunicação a distância, levou o homem a criar inúmeros sistemas que possibilitavam a transmissão de suas mensagens entre dois pontos.

Estas transmissões originariamente foram através de sinais sonoros ou luminosos emitidos num local, sendo traduzidos no outro por um código comum. Entre os sistemas telegráficos mais importantes no mundo figuram além do de Samuel Morse (Estados Unidos da América do Norte), o de Wheastone (Inglaterra), e o de Steinhail (Alemanha). O sistema de Samuel Morse foi o que se apresentou de forma mais completa, conservando suas linhas básicas até os nossos dias.

Em época mui recente foi criado o Comitê Internacional Telegráfico nos Estados Unidos da América, com o intuito de padronizar as transmissões telegráficas, adotando codificações e freqüências normatizadas.

Escreveu : Mário Keiteris - P Y 2 M X K -

Diretor de Cursos Da Labre São Paulo


telefone (011) 6944-03-45 SP. Cap.

e.mail = mariokeiteris-py2mxk@mailcity.com

e-mail = py2mxk@arrl.org

site internet = http://www.RadioLink.net/py2mxk

Autor do artigo : Mário Keiteris - PY2MXK

Sobre o autor do artigo: Além de escrever artigos para a Revista e Jornal Radioamadorismo & Faixa do Cidadão é ex-diretor de Cursos da antiga Labre SP., é autor do livro Radioamadorismo : Hobby? ou Ciência! e outras obras relativas ao radioamadorismo,bem como das Apostilas de preparo para exames no Ministério das Comunicações, doadas na época para a Labre S.P., comercializa-las. É Co-Autor da Apostila para Exame de Técnica e Ética operacional de 1.996 da Delegacia Regional do Ministério das Comunicações em São Paulo, é membro fundador do Grêmio de Radioamadores da Cosipa, Cubatão S.P., também é SUPPORT MEMBER da L. R. M. D. Associação dos Radioamadores da Lithuania.

( e.mail = mariokeiteris-py2mxk@mailcity.com )

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A filha rebelde de Silvio Santos

 

A filha rebelde de

Silvio Santos

 

Cintia Abravanel enfrenta depressão com

 terapia e trabalho no teatro que ganhou

do pai, e diz que, por desinteresse dele,

perdeu para a Globo os direitos da obra

de Monteiro Lobato

Paula Quental

Aos nove anos, Cintia Abravanel já tinha visto alguns dos musicais mais conhecidos da Broadway, em Nova York, como Hair e Jesus Cristo Superstar. Também foi à Disneyworld tantas vezes que costumava se sentir em casa no maior parque temático do mundo, em Orlando, nos Estados Unidos. Mas a melhor recordação da sua infância não podia ser mais simples: ela não esquece o dia em que seu tio Mário lhe mostrou o pôr-do-sol, numa fazenda no interior de São Paulo. “Ele disse que tinha pintado o céu para mim, com um pincel encantado”, conta a filha de Senor Abravanel, o Silvio Santos, um dos homens mais ricos do País, com fortuna calculada em R$ 1 bilhão. Foi garimpando lembranças mágicas, que Cintia, hoje com 37 anos, descobriu a vocação de produtora de teatro infantil. São dela as montagens premiadas de No Reino das Águas Claras e O Terror dos Mares, baseados na obra de Monteiro Lobato.

Como filha mais velha do dono do SBT, Cintia poderia ter qualquer cargo executivo dentro do Grupo Silvio Santos. Mas preferiu, há sete anos, aceitar o desafio de dirigir o Teatro Imprensa, pertencente ao grupo, mas deficitário. “Todo mundo dizia que eu era louca, que teatro não dá dinheiro, que seria melhor se eu abrisse uma franchising do McDonald’s”, conta Cintia. Mas depois de anos de indefinição profissional, ela sentiu que havia encontrado uma forma de expressar sua sensibilidade. Aproveitou a oportunidade e agradeceu ao pai. Segundo Cintia, Silvio Santos sabia antes dela própria que seu futuro estava no teatro. “Comecei a viver aos 30 anos”, diz.

Até então, Cintia havia se dedicado aos filhos, Ligia, 14 anos, Tiago, 12 e Vivian, 10, e ao ex-marido, Paulo Gomes, com quem se casou logo que terminou o colegial. A adolescência foi o período mais difícil da sua vida. Aos 14 anos, perdeu a mãe, Maria Aparecida, vítima de câncer. “O público só ficou sabendo de nossa existência quando ela morreu”, disse, com uma pitada de mágoa. Pouco depois, assistiu ao casamento do pai com a sua atual mulher, Íris, com quem não se dá bem até hoje. “Passei muito tempo perdida, tentando ser o que as pessoas achavam que deveria ser a filha de Silvio Santos. Mas nunca estava à altura dessas expectativas. Falo alto e não ligo para me vestir bem, e aqui no teatro, se precisar, eu coloco a mão na massa, varro o chão”, diz ela.

O peso de ser filha de um homem famoso e bem-sucedido é uma das questões que Cintia leva para o divã do analista desde o início do ano, quando se deu conta de que sofre de depressão. “Isto é uma doença mesmo, não é frescura. Tudo estava tão bem na minha vida e eu continuava infeliz”, diz ela. “Precisei tomar remédios, mas também fui fazer análise para me dar o direito de errar, sou muito perfeccionista.” Ela acredita que já está aprendendo a lidar com conflitos, inclusive com as irmãs do segundo casamento de seu pai, Patrícia, Daniela, Rebeca e Renata. Cintia é discreta e se nega a falar da sua madrasta e de suas meias-irmãs. Uma amiga, no entanto, diz que Cintia é muito diferente delas, e totalmente desprendida de status e dinheiro. Com a outra irmã, Silvia, como ela adotada por Silvio e Maria Aparecida, ela não tem problemas. “Sou desligada de bens materiais, mas recebo mesada de meu pai. Não preciso me preocupar com a sobrevivência ou o futuro dos meus filhos. Então, posso sonhar”, ela diz.

Mas nada é fácil em teatro, mesmo para uma produtora que tem um pai muito rico. Quando resolveu produzir o primeiro musical, No Reino das Águas Claras, há três anos, ela peregrinou por várias empresas sem conseguir patrocínio e acabou fazendo um empréstimo de R$ 200 mil. Só depois de oito meses em cartaz, o musical conseguiu os primeiros patrocinadores. “Agora sei que nunca se deve fazer um empréstimo assim para teatro, é muito arriscado”, diz ela, que ainda está administrando a dívida. Na época, Cintia havia conseguido exclusividade dos direitos da adaptação da obra de Monteiro Lobato para tevê, cinema e teatro. Esses direitos acabaram provocando uma briga sua com a direção do SBT. “Pedi a meu pai e aos diretores que levassem Monteiro Lobato para a tevê. Eles não quiseram e nós perdemos os direitos para a Globo, que vai reeditar O Sítio do Pica-pau Amarelo”, conta Cintia. Por uma brecha do contrato, ela ainda poderia levar para a emissora do pai uma adaptação da sua peça. “Quando o pessoal do SBT descobriu isso me procurou querendo meus musicais para a tevê. Aí eu disse que não”, conta.

Geniosa, a primogênita de Silvio Santos sabe dar o troco, não é à toa que ganhou o apelido de “a brava” e “pit bull” entre os funcionários do teatro. Mas nem por isso, é menos querida e admirada. “Ela é uma batalhadora, faz jus ao sobrenome. Tem humildade para aprender e chegou para vencer”, elogia o advogado Sérgio D’Antino. A intransigência de Cintia com o desleixo no trabalho contrasta com seu lado generoso e humano. Pelo menos uma vez por semana, ela visita favelas da capital para entregar pessoalmente agasalhos e cobertores que consegue juntar em campanhas junto a escolas e ao público do teatro. Planeja fundar uma instituição para ensinar arte a crianças carentes. “Monteiro Lobato diz que sonhar é importante. Através da arte essas crianças passariam a ter esperança”, diz a produtora, que uma vez viu todo o tesouro do mundo num pôr-do-sol contemplado ao lado do irmão de sua mãe, o empresário Mário Albino Vieira. O outro grande sonho da filha do dono do Baú da Felicidade, é comprar um caminhão e sair pelo Brasil afora com um grupo de teatro itinerante. “Queria que o teatro chegasse de graça às pessoas que não podem pagar”, diz a filha de Silvio Santos.