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segunda-feira, 24 de agosto de 2020
ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO
ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO
A ANTENA TESOURADA
AUTOR: LEONAS KEITERIS - PY2MOK
E.MAIL = py2mok@mailcity.com
- Publicado no Jornal Radioamadorismo & Faixa
do Cidadão , publicado no Jornal QTC Bandeirante (Labre/SP)
Relatarei uma ocorrência, verídica, de radioamador que deparou-se
de repente com seu cabo coaxial cortado durante o seu costumeiro QSO diário,
para que os leitores tenham conhecimento dos reflexos jurídicos deste ato, os
quais analisarei paralelamente e precavenham-se em semelhante situação não tão
infreqüente. A cena do crime se passa no Edifício em Condomínio onde reside o
nosso colega Civis (PY2CLS), em uma bela tarde ensolarada, no transcorrer de um
agradável QSO em rodada.
Eis que de repente e não mais que de repente nosso colega se
vê sem recepção e escuta aquele ruído, de cabo coaxial despencando de cima do Edifício
ao chão, som este não tão conhecido no meio radioamadorístico (plaft-plect).
Nosso Colega QRT, saiu para -ver e deparou-se diante do amontoado de seu cabo
coaxial no chão e o restante pendente e balouçante na parede do edifício! O
cabo estava cortado! Porém, ao nosso Colega QRT, cônscio de seus direitos coube
promover ás seguintes atitudes, jurídicas que passo a comentar: Tal cena
desenrolou-se em poucos e breves momentos, porém enrolou o agente em graves
conseqüências jurídico-penais. Em tese a cena pode ser de crime violando de
cara os seguintes artigos do Código Penal: ARTIGO 163 do Código Penal, crime de
dano. Em havendo dolo e intenção por parte ,do agente em realizar o corte
incidirá em crime de- dano. ARTIGO 345 do Código Penal, crime de exercício
arbitrário das próprias razões. Em havendo a intenção por parte do agente de
realizar o dano para interromper por exemplo a geração de interferência,
certamente responderá pelo artigo 163 combinado com o artigo 345.Causar dano a
terceiro, mesmo que, para obter um intento considerado ilícito, como cessar
interferência, inequivocamente constitui o crime do artigo 545, sobremaneira se
a Lei estatui os, procedimentos para resolução da questão, tais como ação,
judicial ou fiscalização do Ministério das Comunicações. Referente ao exercício
arbitrário das próprias razões, cabe muito bem o ensinamento do respeitável
Mestre e Jurista NELSON HUNGRIA, em sua obra Comentários ao Código Penal,
volume IX, fl. 490. "Ninguém pode arbitrariamente fazer justiça por si mesmo.
Se tenho ou suponho, ter um direito contra alguém e este não reconhece ou nega
a cumprir a obrigação correlata, não posso arvorar-me em Juiz, decidindo
unilateralmente a questão a meu favor e tomando por minhas próprias mãos aquilo
que pretendo ser-me devido, ao invés de requerer a autoridade judicial, a quem
a lei atribui a função de resolver os direitos e dissídios privados. De outro
modo estaria implantada a indisciplina na vida social, pois não haveria
obrigatoriedade de apelo a Justiça que, o Estado administra, para impedir que
os indivíduos nas suas contovercias ad arma veniant". Agindo desta forma,
dependendo das circunstâncias, nosso devastador de estação de radioamador"
estará incurso no crime definido na norma penal artigo 151, parágrafo 1.',
inciso III qual seja: impedir comunicação radioelétrica dirigida a terceiro.
Com esta tipificação delituosa, o legislador tutela a inoculadade de pública,
exposta ao perigo pela prática delituosa, na sociedade moderna de fundamental
importância a regularidade dos meios de, comunicação, que destarte são
tutelados pela Lei Penal. Todos estes crimes aqui mencionados e que podem ser
praticados contra radioamadores, são apenados com detenção. O radioamador tem o
resguardo, legal para solicitar amparo da autoridade policial quando
necessário. E se o ato foi ilícito, foi criminoso, processe-se o agente que
praticou o crime. Baseado nisto nosso colega Civis (PY2CLS) agiu corretamente
ao dirigir-se ato contínuo à Delegacia de Polícia local, onde lavrou uma
ocorrência policial, para investigação de crime de dano seguido de furto, posto
que enquanto os restos mortais do cabo coaxial aguardava a chegada da equipe de
Perícia Técnica da Polícia, determinada pelo Dr. Delegado, o remanescente do
cabo coaxial foi furtado. Vimos através do presente caso verídico, que o
radioamador as vezes pode ser tolhida no desempenho de sua atividade, porém
encontra amparo na Lei e no Poder Judiciário, seja na área civil para pleitear
o direito a antena, ou seja penalmente, para proteger-se da devastação de. Sua
estação radioamadora.
Escreveu : Léo Keiteris - py2mok
Desenho : M. Keiteris - py2mxk
e.mail = py2mok@mailcity.com
A Antena Tesourada : Título
SOBRE O AUTOR : e' advogado especializado em Direito de
Telecomunicações; é técnico em eletrônica especializado em transmissão e RF; 08
anos como Diretor do Departamento Jurídico da Labre/L.P.R./SP; Assessor
Jurídico do Jornal e Revista Radioamadorismo & Faixa do Cidadão. (
e.mail = py2mok@mailcity.com )
ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO
ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO
Novidades
do Radioamadorismo Internaciobnal - UIT
Autor : LEONAS KEITERIS - PY2MOK
(Léo)
e.mail = py2mok@mailcity.com
- Publicado: na Revista Radioamadorismo & Faixa
do Cidadão nº 04
O objetivo deste artigo é apresentar aos colegas
radioamadores as últimas e quentes notícias oficiais sobre o radioamadorismo
mundial, em como traçar um paralelo entre as atuais determinações da
Conferência Mundial de Rádio-CRM/97) em Genebra, e os resultados do nosso
trabalho precedente que realizei quando fui designado a fazer parte da Comissão
Brasileira Preparatória para a Conferencia Mundial de Rádio, em 1996. enquanto
Diretor Jurídico da Liga de radioamadores. ASPECTOS HISTÓRICOS: A UIT, União
Internacional de Telecomunicações, nasceu em 1865 em Paris onde várias nações
se reuniram com o objetivo de normatizar, regulamentar e padronizar as
comunicações no mundo, sendo a UIT o órgão internacional responsável pela
padronização das telecomunicações no nosso planeta, incluso o radioamadorismo,
sendo o Brasil membro integrante. ASPECTOS ATUAIS: Preambularmente vamos informar
que a Conferência Mundial de Radio 1997 aprovou uma resolução fomentando que os
governos dos países, facilitem o uso dos serviços de radioamador e outros meios
descentralizados de comunicação, para atenuar e socorrer desastres. Outro
assunto que tornou-se atinente ao radioamadorismo é o caso dos radares de
abertura simétrica, que seriam capazes de penetrar na selva chuvosa, por
através das copas das arvores com finalidades de cartografia do solo. Este
assunto dos radares dos quais por hora nos radioamadores escapamos, voltará a
ser discutido na CRM 2000, com o objetivo de encontrar espaço para alocar
freqüências entre 420 e 470 mhz, para o serviço de exploração da Terra por
satélite (EESS). Note-se que no referido seguimento (420/470 mhz) encontra-se a
banda de UHF de radioamador, portanto , o perigo de perdermos faixas permanece.
Outro tormento para os radioamadores, os chamados satélites “little LEO “,
pertencentes a entidades comerciais que propõe sistemas de comunicação de dados
por uma rede de satélites não geoestacionários, que provocaram uma grande
perturbação na comunidade internacional dos radioamadores em 1996, diante das
propostas de compartilhar as bandas de UHF e VHF de radioamador, como os
satélites “pequenos LEO”, não tiveram apoio, por enquanto, nesta CRM/97, tendo
conseguido apenas em algumas regiões do mundo, permissão nas bandas de
Escreveu: Léo Keiteris - py2mok
Título: Novidades do Radioamadorismo Internacional - UIT
e.mail = py2mok@mailcity.com
SOBRE O AUTOR: é técnico em
eletrônica especializado em R.F. e transmissão; advogado especializado em
Direito de Telecomunicações; 8 anos como Diretor Jurídico da Labre/LPR/SP;
Assessor Jurídico do Jornal Radioamadorismo & Faixa do Cidadão. ( e.mail =
py2mok@mailcity.com)
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE RADIOAMADOR -clic
ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO
ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO
Novidades
do Radioamadorismo Internacional - UIT
Autor : LEONAS KEITERIS - PY2MOK
(Léo)
e.mail = py2mok@mailcity.com
- Publicado: na Revista Radioamadorismo & Faixa
do Cidadão nº 04
O objetivo deste artigo é apresentar aos colegas
radioamadores as últimas e quentes notícias oficiais sobre o radioamadorismo
mundial, bem como traçar um paralelo entre as atuais determinações da
Conferência Mundial de Rádio-CRM/97) em Genebra, e os resultados do nosso
trabalho precedente que realizei quando fui designado a fazer parte da Comissão
Brasileira Preparatória para a Conferencia Mundial de Rádio, em 1996. enquanto
Diretor Jurídico da Liga de radioamadores. ASPECTOS HISTÓRICOS: A UIT, União
Internacional de Telecomunicações, nasceu em 1865 em Paris onde várias nações
se reuniram com o objetivo de normatizar, regulamentar e padronizar as
comunicações no mundo, sendo a UIT o órgão internacional responsável pela
padronização das telecomunicações no nosso planeta, incluso o radioamadorismo,
sendo o Brasil membro integrante. ASPECTOS ATUAIS: Preambularmente vamos informar
que a Conferência Mundial de Radio 1997 aprovou uma resolução fomentando que os
governos dos países, facilitem o uso dos serviços de radioamador e outros meios
descentralizados de comunicação, para atenuar e socorrer desastres. Outro
assunto que tornou-se atinente ao radioamadorismo é o caso dos radares de
abertura simétrica, que seriam capazes de penetrar na selva chuvosa, por
através das copas das arvores com finalidades de cartografia do solo. Este
assunto dos radares dos quais por hora nos radioamadores escapamos, voltará a
ser discutido na CRM 2000, com o objetivo de encontrar espaço para alocar
freqüências entre 420 e 470 mhz, para o serviço de exploração da Terra por
satélite (EESS). Note-se que no referido seguimento (420/470 mhz) encontra-se a
banda de UHF de radioamador, portanto , o perigo de perdermos faixas permanece.
Outro tormento para os radioamadores, os chamados satélites “little LEO “,
pertencentes a entidades comerciais que propõe sistemas de comunicação de dados
por uma rede de satélites não geoestacionários, que provocaram uma grande
perturbação na comunidade internacional dos radioamadores em 1996, diante das
propostas de compartilhar as bandas de UHF e VHF de radioamador, como os
satélites “pequenos LEO”, não tiveram apoio, por enquanto, nesta CRM/97, tendo
conseguido apenas em algumas regiões do mundo, permissão nas bandas de
Escreveu: Léo Keiteris - py2mok
Título: Novidades do Radioamadorismo Internacional - UIT
e.mail = py2mok@mailcity.com
SOBRE O AUTOR: é técnico em
eletrônica especializado em R.F. e transmissão; advogado especializado em
Direito de Telecomunicações; 8 anos como Diretor Jurídico da Labre/LPR/SP;
Assessor Jurídico do Jornal Radioamadorismo & Faixa do Cidadão. ( e.mail =
py2mok@mailcity.com)
Prezados senhores,
Prezados senhores,
Ao longo dos anos tenho acompanhado atentamente
algumas das novelas da Rede Globo, de uma qualidade impecável, sucesso em todo
o mundo, onde quer que seja exibida, sucesso absoluto.
Algumas dessas novelas,
apresentam sempre personagens que encaram uma realidade, seja como hobby, profissão
ou pura aventura. No caso o personagem de João, da novela “UM ANJO CAIU DO CÉU”, na pele de um
grande fotografo, e, muitos outros que já apareceram na telinha.
Foi então que tive
a idéia de passar para o pessoal que fazem as novelas, de criar um personagem
que sejam realmente louco pelo RADIOAMADORISMO. Sim um verdadeiro RADIOAMADOR,
dedicado a manter seus contatos, a servidor da comunidade.
Espero
que sejam analisado essa idéia, e quem sabe, num breve espaço de tempo possamos
ver na telinha esse personagem que vai divulgar em larga escala no
RADIOAMADORISMO BRASILEIRO.
Um
forte abraço para todos que fazem a REDE
GLOBO, muito sucesso.
Enoque
Sobreira da Silva Filho
Av.
D. Pedro II, 1803 - Torre
58040-903
– João Pessoa – PB
Tel.
(83) 222 6198
pr7ese@bol.com.br
ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO
ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO
· Publicado na Revista
Radioamadorismo & Faixa do Cidadão nº 8- ano 2- pg. 8
Revista
Radioamadorismo & Faixa do Cidadão
CURIOSIDADE HISTÓRICA
A EVOLUÇÃO DO TELÉGRAFO
escreveu : Mário Keiteris - P Y
e-mail : py2mxk@arrl.net .
URL:
http://www.RadioLink.net.py2mxk
Após traduzir o artigo sobre Galileo
Galilei do colega italiano Perluigi Adriatico I0 KWK, da Radio Revista out/nov
de 1.997, sobrou aquela pontinha de curiosidade natural de que todos nós
radioamadores possuímos dentro de si.
Impulsionado por esta pontinha de
curiosidade, comecei a pesquisar nos livros antigos, fatos ocorridos na
História da Humanidade, porque se havia um relato sobre a telegrafia anotada
por Galileo Galilei e esta nós já conhecemos, (este artigo foi publicado na
Revista Radioamadorismo & Faixa do Cidadão nº 07, ano 2, sendo que, eu
achei de que deveria ter mais pessoas envolvidas neste assunto. Eu estava
certíssimo, pois a História da Humanidade esta repleta de casos envolvendo a
telegrafia e os físicos e cientistas daquela época. Em todos os tempos, não importa
se atualmente ou no passado, vamos sempre encontrar o homem tentando através da
comunicação diminuir as distâncias que nos separam, assim desde os primórdios
da civilização, o homem sempre tentou e ainda continua tentando enviar
mensagens a distâncias sempre maiores e mais rapidamente.
A história da telegrafia começa à
registrar-se na História da Humanidade, praticamente a partir do inicio dos
anos de 1.600 em diante, eu não encontrei nada registrado anteriormente a esta
data.
A história da telegrafia nos mostra que
nos duzentos anos que transcorreram desde a publicação do livro EL MAGNETE de
Gilbert, escrito pelo médico e físico inglês WILIAM GILBERT, editado em 1.600,
foram muito férteis nesta área, EL MAGNETE, foi a primeira obra fundamental
sobre os fenômenos do magnetismo e da eletricidade, até que no ano de 1.800
Alexandre Volta, comunicou a Real Sociedade de Londres o invento da pilha
elétrica.
Esta fértil e profícua época esta marcada
por duas pautas importantes, a do século XVII (1.600), pelo sonho de se poder
comunicar a distância mediante a recíproca influencia magnética das agulhas
imantadas e a do século XVIII (1.700), pela possibilidade de aproveitar-se do
“fogo elétrico”, que podia propagar-se instantaneamente através de um fio
metálico condutor (cabo elétrico), a uma distância de muitos kilometros .
Estas alternativas ficaram no primeiro
caso apenas no estado de simples idéia e em segundo em experiências
demonstrativas, de cuja realização somente existem constância através e apenas
dos escritos dos próprios inventores.
Isto determinou o êxito que manteve o
sistema da telegrafia aérea criado pelo abade Claude Chiappe, no ano de 1.704,
chegando a completar a primeira linha telegráfica entre Paris e Lille. Este
sistema teve vasta difusão na Europa e na colônia francesa de Argel até 1.856,
ano em que foi eficazmente empregado na guerra da Criméia (Rússia).
Porém a telegrafia elétrica, ou melhor
dizendo, eletrodinâmica, após haver dado timidamente os primeiros passos e
imediatamente depois da invenção da pilha elétrica por Volta, a meados do
século XIX, se impõe rapidamente sobre a aérea, causando seu rápido
desaparecimento.
Esta definitivamente aceito de que o
primeiro documento histórico sobre a idéia de um telégrafo eletrostático é uma
carta assinada com as iniciais de “C. M.”, escrita na cidade de Renfrew, com
data de 1º de fevereiro de 1.753 e publicada em uma coleção escocesa, -
Em principio o funcionamento do sistema
era que, mediante a aplicação de uma corrente elétrica a um dos fios condutores,
a esfera colocada em outro extremo se magnetizaria, levantando a placa com a
letra do alfabeto gravada.
Ao interromper-se a corrente elétrica, a
esfera deixa de atrair a placa metálica gravada com uma letra, retornando para
a sua posição inicial. Este procedimento deveria repetir-se letra a letra, até
completar-se uma palavra e continuando uma mensagem completa.
Como alternativa, também é proposto de que
todos os fios estejam conectados ao cabo, porém para que cada um deles disponha
de uma tecla em que permita a sua conecção na ordem necessária para compor uma
palavra.
Se alguém contestar este método de
correspondência achando-o muito intendioso”, esta também proposto a troca das
esferas por campainhas, de tons decrescentes de “A” até “Z”, para deste modo
obter diversos sons, estas campainhas devem disparar sempre ao ser conectado o
fio condutor com o cabo, correspondendo a uma letra qualquer.
“Deste modo e com um pouco de prática, os
dois operadores chegariam sem fadiga a traduzir mentalmente e completamente a
linguagem das campainhas, sem estar sujeitos ao aborrecido escrever letra a
letra”.
As experiências do autor Charles Marshall
sobre a diminuição do fluxo elétrico através de um condutor, se limitavam a uma
distância de
“O aparelho de Le Sage era composto de 24
fios metálicos separados um dos outros e revestidos de uma substancia isolante.
Cada fio era ligado a um eletrómetro individual, formando por uma bolinha de
SAÚCO suspensa por um fio de seda. Ao colocar um bastão eletrizado em contato
com um dos fios metálicos a bolinha do eletrómetro correspondente era repelida
e este movimento indicava a letra do alfabeto que se havia transmitido de uma
para a outra estação”. D’Alembert sugeriu a Le Sage que dedica-se esta sua descoberta
ao Rei Frederico II o Grande, quem seguramente o ajudaria a desenvolver sua
descoberta, lamentavelmente o Rei estava naquela época envolvido com a Guerra
dos 7 anos, sendo que pelo desinteresse do Rei, Le Sage abandonou o projeto.
Porém a idéia da telegrafia eletrostática
acabou difundindo-se em toda a Europa. Arthur Yong (*3), Em seu livro “Viajem a
França”, descreve um engenhoso invento realizado pelo jovem mecânico Lomond,
constituído por uma maquina fechada dentro de uma caixa cilíndrica, sobre a
qual havia um eletrómetro, uma pequena bolinha de SAÚCO: um fio metálico ligado
a uma outra caixa metálica, igualmente munida de um eletrómetro e instalada em
um local distante da primeira caixa. Sua esposa, notando os movimentos da
bolinha de SAÚCO, escrevia as letras formando as palavras, pelo seu marido
transmitidas.
“Como o comprimento do fio não tem nenhum
influencia sobre o fenômeno , pode-se transmitir correspondência a distancia
que se deseje, por exemplo: do centro para fora de uma cidade sitiada, ou para
favorecer uma conversação entre dois enamorados e que estão distantes, pois de
outra forma não poderiam falar”.
Em 1.787 Bettancourt conseguiu
comunicar-se a distancia fazendo passar a descarga das garrafas de Leyden pelos
fios metálicos que uniam Madri a Aranjuez. No ano de 1.794 o alemão Reiser,
propõe comunicar-se a distância através de 24 fios metálicos cuja isolação era
obtida colocando-se os seus terminais dentro de tubos de vidro. As letras do
alfabeto eram gravadas sobre uma tira de estanho e colocadas sobre pequenas
peças de vidro que iluminavam-se a distância por meio de uma descarga elétrica.
Já no ano de 1.796 Francisco Salva, médico
catalão apresentava na Academia de Ciências de Madri, um memorial descritivo
sobre a aplicação da eletricidade para a produção de sinais. A demonstração
prática conduzida por Salva maravilhou os assistentes, que entre os quais se
encontrava
Aqui, apenas quatro anos nos separam
destas estéreis tentativas por diversos físicos da época até a invenção da
pilha elétrica por Alexandre Volta, que finalmente permitiria novas e
eficientes aplicações da eletricidade nas comunicações telegraficas a
distâncias ilimitadas.
Depois destes fatos terem acontecido,
estas foram as evoluções do telégrafo que caminharam muito lentamente no
passado, para chegarem ao estágio tecnológico, tal qual como nos conhecemos e
utilizamos na atualidade.
BIBLIOGRAFIA :
(*1) P. Adriático - “Sobre a prioridade da
idéia da telegrafia”.
(*2) Louis G. Figuier - Conhecido autor de
tratados de química e física
(*3) Arthur Yong - escritor especializado
em temas sobre a agricultura.
Sobre o autor do artigo : Além de escrever artigos para a Revista
e Jornal Radioamadorismo & Faixa do Cidadão o autor é ex Diretor de Cursos
da antiga LABRE/SP., é ex Diretor de Cursos da Liga Paulista de Radioamadores
L. P. R., é autor do livro Radioamadorismo : Hobby? ou Ciência!, do Manual do
PX e de outras obras relativas ao radioamadorismo, bem como das Apostilas de
Preparo aos Exames no Ministério das Comunicações, doados na época para a
LABRE/SP. comercializa-las.
É co-Autor da Apostila para exame de Técnica e Ética Operacional
escrita no ano de 1.996 na Delegacia Regional do Ministério das Comunicações de
São Paulo e em uso atualmente, também é SUPPORT MEMBER da L. R. M. D.
Associação dos Radioamadores da Lithuania.
veja a página de manutenção de
transceptores Click aqui
Radioamadorismo Hobby? ou Ciência! Click aqui
ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO
ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO
COLUNA JURÍDICA :
RADIOAMADOR .NA .TV A CABO
Autor: LEONAS KEITERIS - PY2MOK
e.mail = py2mok@mailcity.com
- Publicado: na Revista Radioamadorismo & Faixa
do Cidadão
ano 2 - nº 9 pg. 22/23
- Publicado: no Jornal QTC MINUANO - Jornal do
Radioamador Gaúcho
ano 3 nº 18 - agosto de 99 - pg. 4
RADIOAMADOR NA TV A CABO !
Escreveu :
Leonas - py2mok
advogado e
técnico em eletrônica
Em razão da missiva que recebida do Rio Grande do Sul do nosso
colega Vagner Joel Tessaro - PY3QK, e motivado pelo fato novo que vem
acontecendo algumas vezes envolvendo radioamadores também de São Paulo,
acreditando que em outras localidades do nosso país também, motivou uma posição
jurídica acerca do assunto, tomando por exemplo o caso concreto do nosso colega
gaúcho.
Em resumo o PY3QK perquere como agir diante dos vizinhos, no
condomínio onde mora, que ameaçam com a derrubada da sua antena de radioamador,
em razão da interferência que penetra no circuito fechado de TV a Cabo do
Edifício, dando conta ainda de que tal interferência sucede com o uso das
faixas de HF e como agir diante desta interferência.
Inicialmente cabe-nos ressaltar bem do que se trata.
Temos que o Governo Federal emite concessão de canais dentro de um
cabo, nas mesmas freqüências utilizadas ao ar livre, no éter, justamente porque
o sistema de TV a cabo é um circuito fechado, imune ao mundo exterior.
Porém a falha humana ou a falha técnica no sistema a cabo podem
permitir a entrada de radiofrequência do mundo exterior, estando neste defeito
a causa da interferência, não o radioamador.
Quero citar algumas das causas mais comuns e importantes de
defeito no sistema a cabo e causa de interferência: em primeiríssimo lugar a
existência de conexão clandestina com a rede de cabo.
Eis que esse tipo de ligação nunca tem uma qualidade técnica
suficiente para manter a imunidade as interferências, além de ser ilegal esta
prática, exime por completo qualquer responsabilidade do radioamador, eis que a
causa da interferência neste caso não seria dele.
Outra possibilidade menor porém plausível, é o defeito num trecho
do cabo de propriedade da empresa de TV a cabo, que por ser uma questão
técnica, é perfeitamente solucionável, porém essa solução e interferência não
são da responsabilidade do radioamador, pois o equipamento defeituoso pertence
a outrem, sendo porém todo defeito sanável.
Outras causas menores por falhas técnicas e defeito no sistema de
cabo, também podem permitir indevidamente a ocorrência de interferência.
Tratam-se de defeitos e como tal perfeitamente solucionáveis.
Em havendo um dos defeitos mencionados, é comum ocorrer
interferência, que aparece no uso pelo radioamador das suas freqüências legais
de VHF, para as quais esta autorizado, principalmente porque existe um canal de
televisão permissionário transmitido dentro do cabo, que utiliza exatamente as
mesmas freqüências de VHF autorizadas aos permissionários radioamadores.
É recomendável que o radioamador, com seu espírito solícito,
mapear no prédio quais são verdadeiramente os apartamentos interferidos e
independente destas pessoas possuírem conexão clandestina ou não, solicitar dos
condôminos interessados nas suas providências de solução, que forneçam a pedido
e por obséquio logicamente, o número de assinante de TV a cabo, para que esta
lista ao depois, seja encaminhada pelo radioamador para a empresa, proprietária
do sistema a cabo e responsável pela manutenção da funcionalidade, da blindagem
e isolação do sistema de que é proprietária face ao mundo exterior, requerendo
de forma expressa o comparecimento do seu solícito e bem equipado departamento
técnico, nestes apartamentos apontados onde o defeito se manifesta aparente.
Há que se mencionas que tem-se notado que alguns equipamentos de
televisão por uma ineficiência do seu projeto, são incapazes de rejeitar o
sinal interferente enquanto outros de marca diferente nas mesmas condições
apresentam-se isentos de interferência, sendo que esta situação não é
responsabilidade do radioamador nem da empresa de TV a cabo.
A pretensão indigna e ilegal que alguns possam ter de derrubar a
antena do radioamador, deve ser evitada para não trazer as complicações
criminais previstas no Código Penal Brasileiro, principalmente no que tange a
possibilidade do Crime de Dano, para quem praticar o ato ou se omitir na guarda
permitindo a sua ocorrência.
A polícia deve sempre ser instada, inclusive para registrar a
ocorrência de ameaça em razão do mal injusto anunciado de queda provocada da
antena.
Processem-se criminalmente aqueles que praticarem atos criminosos
contra o radioamador, eis que incompatíveis tais atitudes com a sociedade
moderna e civilizada, mormente quando soluções legais existem disponíveis.
Se a questão exigir precaver-se, buscar amparo em um profissional
advogado do seu Estado e cidade.
No entanto a polidez e fineza no trato que é peculiar ao
radioamador irá conduzir e informar a todos os envolvidos, o caminho correto e
legal para uma solução final.
O autor
Dr. Leonas Keiteris - py2mok “Leo” é advogado e técnico em
eletrônica
E.mail = py2mok@arrl.net
site = http://www.radiolink.net/py2mok
(este artigo e outros, jurídico radioamadorísticos, podem ser
vistos em:
http://RadioArtigos.web-page.net )
SOBRE O AUTOR: é técnico em eletrônica, especializado em
transmissão e RF; advogado militante, especializado em direito de
telecomunicações; 8 anos como Diretor Jurídico da Labre/LPR/SP; Assessor
Jurídico do Jornal e Revista Radioamadorismo e Faixa do Cidadão; é membro
fundador do Gremio de Radioamadores da COSIPA
(e.mail = py2mok@mailcity.com )
Landell de Moura
O dia 31 de julho marcou
os 73 anos de morte do cientista e inventor Brasileiro Roberto Landell de
Moura, o pioneiro mundial na transmissão da voz utilizando equipamento sem fio
(radio), ou seja, o precursor da radiodifusão.
Landell de Moura desenvolveu estudos e experiências a partir de 1893 e
comprovadamente, efetuou pelo menos uma demonstração pública
E Marconi? O grande cientista italiano, em 1895, conforme se verifica em suas
patentes e na biografia oficial, foi o primeiro a conseguir transmitir somente
sinais em telegrafia (código morse ou CW), utilizando o rádio, não tendo na
época se interessados ou conseguidos experimentos com a voz humana.
Landell de Moura utilizou circuitos inédito para a época, (e patenteou parte
deles no Brasil e USA) para a propagação do som e da voz humana pelas ondas
eletromagnéticas e luminosas (sistema fonético-eletronico), que, em ultima
análise, é o inicio da radiodifusão, que só foi consagrada principalmente após
a invenção, em 1906, da válvula triodo pó De Foreste, que substituiu a bobina
de Ruhmkorff utilizada por Landell de Moura em seus aparelhos patenteados em
1901/4.
Marconi desenvolveu suas experiências em Bolognha, Itália, divulgando seu feito
em setembro de 1895, mas só patenteou seu invento no ano seguinte, na
Inglaterra, não se sabendo ao certo a razão de não ter concedido (ou
conseguido) o registro de tal glória ao seu País.
|
Além de estar próximo da
comunidade cientifica internacional, Marconi pertencia à família abastada, e
dispôs de todos os recursos financeiros necessários para desenvolver seus
experimentos, tendo a eles se dedicado exclusivamente.
Com Landell de Moura ocorreu o inverso, pois além de não dispor de recursos
financeiros, dividia o tempo entre os afazeres do sacerdócio e suas
experiências, efetuadas em improvisados laboratórios que ele montava nos fundos
das paróquias em que trabalhava.
Dilentatista, desenvolveu seus trabalhos com a colaboração financeira de
amigos, e somente com uma visão científica. A igreja católica, em vida,
promoveu Landell de Moura merecidamente até atingir o importante grau de
Monsenhor, bem como concedeu, inclusive, a permissão especial de Roma para
viajar aos Estados Unidos, o que era difícil na época, lá permanecendo 4 anos
para patentear seus inventos. Obviamente a Igreja aceitava e apoiava o seu
trabalho como cientista.
Independente da polêmica que essas afirmações possam causar, e interessante
observar que os dois maiores inventores internacionais brasileiros, Santos
Dumont e Landell de Moura, não se interessaram em explorar comercialmente seus
inventos.
Santos Dumont, talvez por ter vivido na França, já esta com seu lugar
registrado na história desde aquela época, Landell de Moura, inventor e cientista
que desenvolveu suas experiências em nosso país, com poucos recursos técnicos e
financeiros, estranhamente, até hoje, é um ilustre desconhecido da maioria
absoluta do povo, governo e comunidade cientifica inclusive no Brasil.
Os estudos e experiências de Landell de Moura estão registradas em seus livros
de anotações, demonstrando que desde de 1893 ele vinha desenvolvendo as teses e
experimentos necessários para os seus aparelhos.
Nascido
Em Roma iniciou seus estudos de física e eletricidade, nos quais aperfeiçoou-se
como autodidata no Brasil. É bom lembrar que aqui, Landell de Moura estava
isolado dos grandes centros de pesquisas da época, especialmente França,
Inglaterra e Estados Unidos, só tomando conhecimento dos avanços tecnológicos
que ali ocorriam meses depois, pelas poucas publicações que chegavam ao nosso
país.
No decorrer dos anos, dezena de artigos foi publicada ressaltando os efeitos de
Landell de4 Moura, em jornais no Brasil, bem como em jornais editados em
Portugal, USA, Alemanha e Áustria.
Diante de tão vasta comprovação técnica existente sobre o pioneirismo de
Landell de Moura, cabe ao Governo Federal, a Anatel, e a comunidade científica
reconhecerem oficialmente a obra desenvolvida por Landell de Moura.
Os gaúchos tão zelosos em resguardar suas tradições culturais feitos e
personagens históricos tem quase que por obrigação lutar pelo desenvolvimento
de tão ilustre filho.
Num país ainda tão carente em apoiar e desenvolver sua produção técnica e
cientifica, deixar de prestigiar a obra de Landell de Moura e desperdiçar a
oportunidade de reconhecer para a posteridade os feitos e a glória de um dos
grandes gênios brasileiros.
Fonte: Revista QSL 2 magazine nº2
Alda Niemayer
Alda Niemayer - uma lutadora em prol do reconhecimento dos trabalhos pioneiros de Landell de Moura na evolução das Telecomunicações.
Vovó Alda, PP5 ASN - como é efetivamente conhecida no meio radioamadorístico, nasceu em Joinvile, vive há 39 anos em Blumenau, é catarinense de quarta geração. Estudou e terminou o segundo grau em Curitiba, estado do Paraná. Passou a segunda guerra mundial na Alemanha, trabalhando como enfermeira com um cirurgião dentista e como enfermeira da Cruz Vermelha.
É casada com o médico Dr. Érico R. Niemayer, é mãe de seis filhos e avó de 13 netos, acha tempo de se dedicar aos seus hobbyes: RADIOAMADORISMO e ao TEATRO. Desde 1976 pertence ao Clube de Radioamadores como membro ativo, exercendo vários cargos, atualmente presidente em exercício do Clube.
É membro da ORDEM DE RADIOAMADORES PADRE ROBERTO LANDELL DE MOURA - Estação Chave 97. Pelos trabalhos efetuados para divulgar o nome e a obra de LANDELL DE MOURA, foi distinguida com a comenda da Ordem de Radioamadores Padre Landell de Moura. Traduziu o livro de B.Hamilton Almeida, - " O Outro Lado Das Telecomunicações, a saga do Padre Landell ", para o alemão.
O livro foi lançado em DORTMUND -Alemanha - em maio de 1995. Escreveu juntamente com Antônio B. Barreto o livro: " S.O.S. - Enchente - Um Vale Pede Socorro " - Editôra e Gráfica Odorizzi Ltda. Livro documentário que descreve o trabalho prestado pelos radioamadores durante a enchente em 1983 que inundou o Vale do Itajaí.
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