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Sobre Repetidoras -> A Placa Controladora
Ligações e Teste
Esta é a última parte que faltava para
completar a instalação básica de uma repetidora. Entenda por básica uma
repetidora sem decodificador de subtom, sem link e sem entrada auxiliar ou link.
Essas sofisticações estaremos abordando futuramente. Não iremos também nos
preocupar agora com antenas ou duplexadores, esses também serão abordados no
futuro. A placa controladora que usaremos aqui é a Elektra 2000, você pode
obter mais detalhes sobre ela no site www.elektra2000.net.
Vimos anteriormente como obter no receptor
os sinais de áudio e COR, e no transmissor os sinais de PTT e áudio de
transmissão (MIC). Além desses sinais precisamos também de alimentação (11V ~
15V e terra).
Esses sinais chegarão a controladora
através do conector CN1. Usando o conector DB9 macho que acompanha a
controladora, fazer as seguintes ligações:
A) Ligar o sinal de áudio do receptor
(discriminador ou falante) ao pino
1 (use cabinho blindado com o menor
comprimento possível). Um lado da malha ligar ao terra do receptor e o outro
soldar ao pino 2 (GND).
B) Ligar o sinal de COR do receptor ao pino 5.
C) Ligar a entrada de áudio do transmissor (MIC) ao pino 3. (use cabinho blindado com o menor comprimento possível). Um lado da malha ligar ao terra do transmissor e o outro lado soldar ao pino 2 (GND).
D) Ligar o PTT do transmissor ao pino 4.
E) Ligar o pino 9 ao positivo da fonte de alimentação. O terra da fonte de alimentação não precisa ser ligado ao pino 2 se essa for a mesma fonte que alimenta os rádios. O consumo de corrente da placa é tão pequeno (24 mA) que o terra dos cabinhos de áudio dos rádios já faze o papel de terra para a fonte.
Uma vez que tudo foi soldado e as ligações
devidamente conferidas, ligue o receptor e deixe-o na freqüência de entrada desejada. Se a
freqüência de transmissão da repetidora for, por exemplo, 146.910 MHz, a
entrada será 600KHz abaixo, ficando o receptor então sintonizado em 146.310
MHz. A princípio deixe o transmissor na menor potência que ele tiver, depois de
feitos os testes pode aumentar a potência. Tenha a mão também outro rádio, esse
sintonizado na freqüência de saída (146.910 MHz) para testar o acionamento da
repetidora.
Agora ligue a controladora colocando o jumper J1. Se tudo estiver correto, você deverá ouvir uma melodia ser transmitida e logo após a transmissão cessará. Se após a melodia ela ficar transmitindo um som de squelch aberto (ruído branco), provavelmente a polaridade do COR está invertida. Mude a polaridade do COR no jumper J2, que inicialmente vem na posição 1-2, mude-o para 2-3. Feito isso, você deverá ouvir o beep de cortesia e a repetidora ficará em modo de descanso.
Tente agora acioná-la. Se ela responder com o beep de cortesia, perfeito, você conseguiu. Caso nada aconteça ou ela fique travada transmitindo, desligue o jumper J1 e confira novamente se todos os sinais estão corretamente soldados ao CN1. Se o COR está mesmo mandando o sinal de que o receptor está recebendo sinal e se o transmissor está em modo simplex e não com o shift – ou + ativado.
Como podem ver, a instalação é bem simples
e pode ser feita por qualquer radioamador com conhecimentos básicos em
eletrônica.
Vale a pena lembrar ainda que a fonte de
alimentação que você for utilizar deve fornecer corrente suficiente para
alimentar o receptor, o transmissor e qualquer outro acessório que por ventura
utilize alimentado por ela. É aconselhável utilizar uma fonte com o dobro da corrente
utilizada, pois lembre-se que uma repetidora, quando em uso, não tem descanso,
o transmissor fica no ar o tempo todo transmitindo. Não se esqueça também de
colocar uma ventoinha sobre o dissipador de calor do transmissor, principamente
se for um desses equipamentos atuais, quem tem dissipadores pequenos.
Beeps, “plim-plins” e “pi-rus”
A Elektra 2000 já vem com uma programação que deve agradar a maioria dos usuários, tempo de identificação, rabicho, timer, tudo pré-programado, mas podemos fazer algumas modificações simples para deixar a repetidora com um jeito mais exclusivo.
Se você observar, pelo menos aqui no interior de São Paulo, todas as repetidoras usam uma meia duzia conhecida de beeps. São os
“plim- plims”, os “pi-rus” e mais alguns velhos conhecidos. Embora a Elektra 2000 tenha uma grande variedade de beeps já prontos para serem usados, um beep exclusivo pode fazer diferença, pois o beep de uma repetidora é como sua identidade.
Nesta última versão de software (2.3) foi incorporado um editor de beeps, com ele você pode criar uma variedade interminável de beeps. Um beep pode ser apenas um tom de freqüência fixa de curta duração (os mais comuns) ou uma composição de tons, com espaçamentos e durações variáveis. Um dos beeps mais comuns é o “plim-plim”, ele nada mais é do que uma seqüência de tons de 1280 Hz e 1000 Hz, com intervalo de 200 ms e novamente a seqüência de 1280 Hz e
1000 Hz. Você poderá tentar inúmeras combinações até achar um que lhe agrade, e elegê-lo o beep de sua repetidora.
Não se esqueça de gravar tanto o identificador de telegrafia quanto o de voz. No identificador de voz, peça a alguém com uma boa voz para fazer a gravação para você, se preferir, acrescente um pouco de eco (com a ajuda de softwares do tipo Sound Forge) e grave a mensagem numa fita, depois é só gravar direto pela entrada de gravação da controladora.
Lembre-se também de trocar a senha que vem com a placa, senão logo logo terá algum radioamador curioso mudando as configurações de sua repetidora.
Por enquanto é isso. Numa próxima oportunidade veremos algumas utilidades das portas de controle remoto, das entradas de alarmes e outras saídas como a de ventoinha. Até lá.
PY2JF – João Roberto
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