ARTIGOS DE RADIOAMADORISMO BRASILEIRO
Novidades
do Radioamadorismo Internacional - UIT
Autor : LEONAS KEITERIS - PY2MOK
(Léo)
e.mail = py2mok@mailcity.com
- Publicado: na Revista Radioamadorismo & Faixa
do Cidadão nº 04
O objetivo deste artigo é apresentar aos colegas
radioamadores as últimas e quentes notícias oficiais sobre o radioamadorismo
mundial, bem como traçar um paralelo entre as atuais determinações da
Conferência Mundial de Rádio-CRM/97) em Genebra, e os resultados do nosso
trabalho precedente que realizei quando fui designado a fazer parte da Comissão
Brasileira Preparatória para a Conferencia Mundial de Rádio, em 1996. enquanto
Diretor Jurídico da Liga de radioamadores. ASPECTOS HISTÓRICOS: A UIT, União
Internacional de Telecomunicações, nasceu em 1865 em Paris onde várias nações
se reuniram com o objetivo de normatizar, regulamentar e padronizar as
comunicações no mundo, sendo a UIT o órgão internacional responsável pela
padronização das telecomunicações no nosso planeta, incluso o radioamadorismo,
sendo o Brasil membro integrante. ASPECTOS ATUAIS: Preambularmente vamos informar
que a Conferência Mundial de Radio 1997 aprovou uma resolução fomentando que os
governos dos países, facilitem o uso dos serviços de radioamador e outros meios
descentralizados de comunicação, para atenuar e socorrer desastres. Outro
assunto que tornou-se atinente ao radioamadorismo é o caso dos radares de
abertura simétrica, que seriam capazes de penetrar na selva chuvosa, por
através das copas das arvores com finalidades de cartografia do solo. Este
assunto dos radares dos quais por hora nos radioamadores escapamos, voltará a
ser discutido na CRM 2000, com o objetivo de encontrar espaço para alocar
freqüências entre 420 e 470 mhz, para o serviço de exploração da Terra por
satélite (EESS). Note-se que no referido seguimento (420/470 mhz) encontra-se a
banda de UHF de radioamador, portanto , o perigo de perdermos faixas permanece.
Outro tormento para os radioamadores, os chamados satélites “little LEO “,
pertencentes a entidades comerciais que propõe sistemas de comunicação de dados
por uma rede de satélites não geoestacionários, que provocaram uma grande
perturbação na comunidade internacional dos radioamadores em 1996, diante das
propostas de compartilhar as bandas de UHF e VHF de radioamador, como os
satélites “pequenos LEO”, não tiveram apoio, por enquanto, nesta CRM/97, tendo
conseguido apenas em algumas regiões do mundo, permissão nas bandas de 454 a
460 Mhz. Quando estive integrado na Comissão Brasileira Preparatória para a
CRM/97, do Governo brasileiro em 1996, enviei tese sobre o assunto: ”incompatibilidade
dos satélites little Leo’s e o Serviço de Radioamador” para o Coordenador Geral
do Planejamento de Freqüências da Cúpula do Ministério das Comunicações em
Brasília, Sr. Francisco Carlos G. Soares e bem como diretamente as mãos do
Secretário de Administração de Radiofreqüências, Sr. Ronaldo de Sá, da Cúpula
do Ministério das Comunicações. RADARES DE PERFIL DE VENTO: Outra pretensão de
uso da faixa de UHF/radioamador, era dos radares de perfil de vento, transcrevo
um trecho do boletim oficial da IARU sobre isto e em seguida faço uma
interessante comparação com um trecho do meu trabalho que apresentei na
comissão brasileira para a UIT/97: “ urgiu que as administrações da região 2 (
Brasil incluso) implementassem os radares de perfil de vento nas faixas de
radiolocalização de 440 a 450 mhz, protegendo-se o seguimento de uso pelos
radioamadores, em comunicações de sinais débeis e satélites. Os delegados
acordaram sobre as bandas de 420 a 435 mhz e 438 a 440 mhz, restando protegido
o seguimento de radioamador. “ Sobre o mesmo assunto, abaixo apresento meus
comentários sobre a tese que enviei a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao
Vôo, da Divisão de Engenharia e Telecomunicações, pertencente a Comissão
Brasileira Preparatória para a CRM/97 -Genebra- , do Ministério das
Comunicações aos cuidados do Major Ricardo Senra de Oliveira da Força Aérea
Brasileira, conforme publicado na revista AREP( ano 1, nº 3, pag. 22, ano
1.996, autor: Léo - py2mok), os comentários sobre a tese enviada: “ Cabe-nos
demonstrar que a faixa 430 a 440 mhz necessita obrigatóriamente ser preservada
não so pela rede de comunicações terrestre via repetidoras de sinal, mas também
pelos estudos científico-amadorísticos realizados através de comunicação via
satélite de radioamador , nestas freqüências, já que existem incontáveis
satélites de radioamador de vários países, funcionando nessas freqüências
enviando inclusive telemetria, indispensável para mo controle do artefato
espacial radioamadorístico. A atribuição da freqüência foi feita pela própria
UIT há muito tempo, em virtude da rede de satélites internacionais de
radioamador já estar consolidada, generalizando-se. Não devemos esquecer dos
estudos científicos dos radioamadores que praticam reflexão lunar, que se dá
com retorno de sinais em níveis débeis beirando o nível de ruído. “ Bem, a
conclusão é que o perigo de perdermos freqüências , mais cedo ou mais tarde
ainda ronda nossas cabeças !
Escreveu: Léo Keiteris - py2mok
Título: Novidades do Radioamadorismo Internacional - UIT
e.mail = py2mok@mailcity.com
SOBRE O AUTOR: é técnico em
eletrônica especializado em R.F. e transmissão; advogado especializado em
Direito de Telecomunicações; 8 anos como Diretor Jurídico da Labre/LPR/SP;
Assessor Jurídico do Jornal Radioamadorismo & Faixa do Cidadão. ( e.mail =
py2mok@mailcity.com)
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